Dois irmãos se amavam profundamente. Ambos eram agricultores e viviam a curta distância um do outro.
Certa noite o mais velho deles, assentado junto à lareira com sua família, disse de si para si: "meu irmão deve estar sozinho, nem tem esposa e nem filhos. Eu tenho mais do que ele. Tomarei alguns grãos do meu campo e os levarei à ele sem que ele o perceba" .
Porém de sua parte, o outro pensou. "meu irmão deve estar em apertos econômicos. Eu não tenho esposa nem filhos e nem de quem cuidar. Ele necessita muito mais do que eu. Tomarei alimentos do meu campo e levarei a ele" .
Durante várias noites os dois irmãos foram se presenteando assim, com os frutos da terra. Até que certa vez se descobriram mutuamente. Então, ambos se abraçaram de emoção, e confessaram que haviam feito isto por amor.
Quão admirável é a força do amor! Une os corações, dá felicidade aos lares e torna a vida agradável. Que seria dos seres humanos se o verdadeiro amor desaparecesse?
Porém se é importante dar e receber afeto entre os nossos queridos, quão mais necessário é receber o amor de Deus em nossa vida.
Jesus, certa vez, contou uma parábola que retrata o grande amor de Deus.
A parábola está relatada no evangelho de Lucas 15:11-24 - Um homem muito rico tinha dois filhos. Ele amava os dois profundamente. E tudo o que ele pode construir na vida, foi pensando no bem estar e no futuro de seus filhos queridos.
O mais jovem não deu valor ao velho pai. Cansado da monotonia de seu lar, pediu ao pai parte da herança que lhe pertencia. Pedir a herança por antecipação era o mesmo que pedir e desejar a morte do pai.
Mas, o pai desse jovem, era um pai de amor. Não ficou ofendido com a proposta do filho, e lhe deu tudo o que teria por direito.
Com muito, mas muito dinheiro, aquele moço saiu pelo mundo em busca de prazeres, amigos e mulheres. Com certeza gastou todo o seu dinheiro com jogos e glutonaria. Ele realmente havia se esquecido dos ensinos daquele bom pai.
Enquanto tinha dinheiro para esbanjar, todos eram seus amigos. Mas, como os bens terrenos são passageiros, e o que perdura são as coisas espirituais, o dinheiro foi acabando. E acabou.
Houve naquela terra uma grande fome, e como tinha gasto todo o dinheiro, não tinha com o que comprar alimento. Os amigos se foram. As mulheres desapareceram. E tudo que antes era muito fácil por causa do dinheiro, agora era insuportavelmente difícil.
A única coisa que ele conseguiu, foi apascentar porcos. E apascentar porcos não era nada agradável. Sua fome era tanta que ele se alimentava da lavagem que os porcos comiam.
E veio à sua mente o seu antigo lar, onde todos comiam e bebiam. Até os jornaleiros de seu pai comiam bem. Ele pensou: "O que é que estou fazendo aqui, irei falar com meu pai e direi a ele que pequei, contra os céu e contra a terra e que não sou digno de ser chamado Seu filho e que quero trabalhar para ele."
Armou-se de toda a coragem e foi. E é aí que vamos conhecer o amor do Pai. Imagine um pai sentado na varanda esperando o seu filho. Todos os dias acordava com esperança de que esse filho voltasse.
E todos os dias ele espera, mas, em vão. Porém, naquele dia enquanto estava sentado, viu um vulto conhecido. Estava maltrapilho, mas ele conhecia aquele andar.
O coração do pai palpitava de alegria. Correu ao encontro do filho. Mesmo não estando cheirando bem, ele abraça o filho, e o beija. Manda que lhe coloquem uma veste limpa, que lhe dêem um anel e que lhe preparem uma mesa farta. Que matem aquele bezerro que ele vem preparando para este dia maravilhoso.
A Bíblia declara que o pai disse: ". . . Comamos, e alegremo-nos; porque este filho estava morto e reviveu, tinha-se perdido e foi achado." Lucas 15: 23, 24
Imagine você, a alegria de Deus, quando nós pecadores, voltamos para os seus braços.
O nosso Deus é um Deus de amor, bondade, compaixão e misericórdia, e como o pai da parábola, Ele está de braços abertos nos esperando.
E é tão fácil. É só aceitar o convite e sair correndo para abraçar um Pai que nunca se esquece de seus filhos.
Receber o abraço e o perdão do Pai é nada mais nada menos que experimentar as graças do amor.
Ronaldo A. Silva.
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
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